Em Xangai

No Domingo aconteceu, entre as 10h e as 17h, um Bazar Diplomatico organizado pela "Consular Spouses Shanghai".

Dibersos produtos de bariadas nacionalidades à benda para angariar bimbys para caridade. 

O Grande Conglomerado Nacional da Azeitona contribuiu gentilmente, a partir de Portugal, com azeitona preta e verde e pasta de azeitona verde e galega.

Diz quem lá esteve, que marchou tudo. Chineses e ocidentais a levarem Azeitona Maçarico para casa, para degustar e, quem sabe, mostrar aos amigos.

"Ah e tal, eu sou gente, tenho Azeitona Maçarico no frigorífico.".... "E pasta de azeitona".

Ora imbuído do optimismo que me caracteriza (não se riam), decidi dar um passo mais à frente - dar a provar a um local.

A sortuda foi a nossa professora de chinês, a Claire.

Abisei-a: "Claire, I will give you olive paté to taste. It's from Portugal. But, if you don't like it, just tell me. Please. Really. I need to know. This is very important. Don't be like the Chinese. Be honest. I can take it. OK?"

Claire: "OK"

Barro uma fatia de pão com pasta de azeitona e dou-lhe.

Pela expressão dava para ver que gostava mais de chao fan.

Eu: "So, Claire, I take it that you didn't like it. Right?"

Claire: silêncio. pensa um bocado. pensa mais um bocado. "It's hard to say".

É inacreditável. Não conseguem dizer que não gostam de alguma coisa. E depois esperam de nós o mesmo comportamento. E não podemos recusar nada. Ou seja, se me apresentarem uma especialidade de gafanhotos à frente (ATENÇÃO, não estou a comparar gafanhotos a azeitonas), esperam que nós não só provemos como lhes digamos "Eh pá, isto é mesmo bom."

Deve ser um pesadelo fazer estudos de mercado para comida neste país.