Em Xangai

A Ângela diz que tenho maus fundamentos.

Não questionando a afirmação, aproveito-a para abordar a postura profissional do trabalhador chinês de escritório (atenção que não falo do trabalhador fabril nem do esforçado camponês).

Quando fomos a uma conferência sobre a China, na Universidade Nova, já nos tinham dito que, graças à política de filho único com que se conseguiu limitar o crescimento da população, os que tiveram a sorte de nascer saíram uns putos mimados com uns feitios execráveis e lixados para trabalhar.

Portanto com maus fundamentos.

A opinião generalizada de quem com eles trabalha é a de que, sem o chefe em cima, passam o dia todo a dormir ou na net. Mas literalmente a dormir, com a cabeça em cima da secretária...

Aqui no serviço é um bocado diferente. A YuYu é uma máquina. Ainda assim:

• A Tina quando saíu não foi propriamente a bem. Aquilo foi mentiras, foi ocultar informação, foi prolongar férias (ah e tal não arranjei avião de volta de Chengdu - tipo jogador brasileiro de futebol a voltar das férias de Ano Novo), foi apagar informação do computador, foi não dar detalhes de contacto, etc...
• Hoje era suposto o James Wang começar. Ora o rapaz enviou UM SMS! a dizer que tinha tido uma emergência com a mulher em Pequim e que afinal queria começar só em MAIO. Isto é dito portanto no próprio dia e por sms.

Neste caso é cedo para dizer que são maus fundamentos. Mas lá que é estranho, é.