Sábado, 27 de Janeiro de 2007
Hoje foi provavelmente o dia mais preenchido desde que cheguei.
A manhã
- Acordar cedo (lá pelas 07:30), fazer a barba pela primeira vez na China (almoço com a chefe...), e sair sem tomar o pequeno almoço para ir buscar o dinheiro que enviei através da Western Union. Cheguei lá às 08:55 e entrei na abertura do banco (a WU envia dinheiro através da China Post e do Agricultural Bank of China, onde achei que tinha melhores hipóteses de encontrar alguém que falasse inglês). Tive de preencher os papéis duas vezes – na transferência indiquei como destinatário João Nuno Melo Alves e como no formulário coloquei João Nuno de Melo Alves foi logo um 31 e já não encontravam a operação, discutiam entre eles, olhavam para o passaporte, etc... Bem, lá me deram o dinheiro em bimbis (queriam dar-me em euros, curiosamente, já com uma nota de 500 à frente – não deixava de ser engraçado que a primeira nota de 500€ que tivesse na mão fosse na China...) e apanhei um táxi de volta para o hotel carregado com 195 notas de 100 yuan! Imaginem levantar 2.000€ em notas de 10€ e depois andar com isso no bolso...
- O Hua Feng tinha dito que nos iam buscar ao hotel para assinarmos o contrato. Iríamos primeiro à casa, dar uma última vista de olhos, contar o recheio (móveis, televisões, electrodomésticos, etc...) e ver como funcionavam as coisas, e depois assinávamos o contrato no escritório da empresa imobiliária. Depois de o Rui no dia anterior o ter chateado para nos arranjar a internet “ADSL Wi-fi”, um mapa em inglês, uma máquina de água (daquelas de garrafões de 18l) e o serviço VIP (com transporte em carro de luxo), qual não é o nosso espanto quando o Feng envia um SMS a dizer que está à nossa espera e trouxe o patrão (um chinês extremamente prestável chamado Adam que tinha estudado na Austrália). Quando chegamos à porta do hotel vemos que o Feng não brinca em serviço – um BMW série 7 (dos novos) para nos levar à casa e ao escritório!
- A casa era melhor do que me lembrava e a lista de equipamentos que a dona (a Christina ou Lan Lan) tinha feito batia certo. Lá fomos para o escritório onde tínhamos algum receio sobre a redacção do contrato. Outra boa surpresa – o escritório era o 27º e último andar de uma torre de escritórios, com vista a 360º sobre Shanghai. O contrato estava simples e claro e com uma ou outra alteração de pormenor lá foi assinado. Nós pagamos os consumos, ela paga o condomínio, que era algo que ainda não tinha sido falado.
- Para completar o excelente serviço da agência, o Adam anunciou que nos iria disponibilizar uma carrinha, um motorista e uma tradutora para levarmos as coisas do hotel para o apartamento e depois para andarem conosco à tarde no IKEA (já tínhamos ido lá no dia anterior com o Rapazote comprar pratos e talheres, almofadas e mais algumas coisas) e Carrefour!
sinto-me: Muito satisfeito!